Acordar com a bexiga cheia já é uma tarefa difícil. Até pra levantar da cama dói, parece que tem um botijãozinho de gás pendurado na sua cintura…
Aí vem a natureza e ainda faz você acordar com o malaquias mais sólido que um diamante. A tarefa acaba de ficar 7000% mais difícil.
A dor se mistura ao desespero de não ter controle daquele bastão que insiste em não ceder nem sequer 1%. A ida até o banheiro nesse estado é praticamente a caminhada do sofrimento. Cada passo pesa uma tonelada.
Eu nem vou entrar na parte de ACERTAR O VASO, porque nesse caso não tem como. Você pode tentar do ângulo que quiser, é impossível.
O único jeito é parar em frente ao vaso e olhar fixamente pro seu instrumento, de um jeito intimidador, se mantendo concentrado na força do ódio, até ele ceder.
Uma saga matinal de dor e sofrimento que dura 30 segundos, mas que parecem 30 anos.
